6 de mai. de 2013


Flash Clown-ESTÓRIAS DE BÔBOS
                                         Uma montagem de Carlos bartolomeu

 

ILUMINAÇÃO

REGINA CAMPELO

FIGURINO

HENRIQUE CELIBI

OPERAÇAO SOM

FLAVIA RENY

GRAVAÇÃO

FRANCISCO ALEXANDRINO

OPERAÇÃO LUZ

REGINA e MARCELO FRANCISCO

SONOPLASTIA

CARLOS BARTOLOMEU

ELENCO CALIXTO NETO Paganino

FRANCISCO ALEXANDRINO Bobô

IRANDHIR CLERISTON Manivela

O CORAÇÃO OCULTO

O coração das artes cênicas é o Espetáculo. A atuação e a voz da atuação, encenadores e o público reunidos formam uma unicidade indissolúvel: a representação, o Espetáculo.

Gesto e Dança são a essência do Drama, e o texto escrito, um recurso por vezes, demasiado enfático.

A literatura dramática pretende o eterno, as artes plásticas ligadas a cena teatral, música e, todo aquele suporte que supõe a humana noção de durabilidade, aspiram o sempre.

Apenas o espetáculo em sua temporalidade, aceita a dissolução, o fim.

O espetáculo, na arquitetura da não permanência se irradia, se dilui e se preserva.

É no contínuo de vida e morte que ele extrai sua vitalidade. É na esperança de que a vida, não incluindo desfechos insolúveis, acende a poesia e restabelece o prosseguir.

O espetáculo fingindo repetir-se, interpreta positivamente a humana aspiração de encontro com a essência superior.

Este trabalho sobre a gestualidade (!) de CLOWNS e CLÓVIS, AUGUSTOS E BRANCOS, mimando trejeitos populares e os das elites, teima na reverente obsessão de apreender nos corpos humanos, o lirismo. Aplica-se a recuperar no discurso das brincadeiras selvagens da programação trash da TV, o que de humanamente terno possa estar oculto.

No lixo e no periférico há poesia, ao menos, possibilidades dela. Aceitar a sombra é pressagiar a luz.

Quem tiver olhos, veja...

Carlos Bartolomeu



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