4 de dez. de 2010

Em Busca do Lar Verdadeiro

Carlos Bartolomeu

‘ Não há nada para combater. A única forma de voltar para casa é render-se. ’- Osho



MATEUS é BRUNO






Deixar de lado o ato de resistir. Celebrar e agradecer, eis a essência de nossa criação. Nenhum embate ditado pelas aparências. Os fantasmas que rodeiam aquele que se oferta à criação é coisa do pensamento, do passado. Coisa estreita. Apenas isso. Presenciar, ser grato ao incessante fluir, dele extraindo o salto de qualidade da imaginação, poesia, dança e do som, é o solo direcionando-se ao coletivo. A reverência constante pela alegria consagra a aceitação do que é em seu aspecto mais direcionado a plenitude, e menos a perfeição.



Celebrar! Celebrai. É para isto que está posta nossa existência. Para tudo que se movimenta a inteligência de nosso corpo-espírito se direciona. A vida se dirige, a natureza se renova assim. Corre o rio, a luz repõe seus matizes variados, o sopro do ar absorve perfumes todos. Tudo flui, festeja. Mesmo a tristeza e as outras sombras realizam sua dança. E em seu rodopio por nós incompreendido, às vezes, logram chegar ao lugar para onde anseiam: um Lar um Porto, um Abraço, uma Festa.



Pela terceira vez venho ser o regente-encenador dos trabalhos de produção de Simone e da criação literária de Moisés. Com eles realizei: ‘Para um Amor no Recife’ e ‘A Ilha do Tesouro’. Brincadeira do movimento da vida, presença do real são para mim a definição deste encontro. Criadores e outros poetas, a nós, no passado incorporaram sua destinação de poesia e fé. Entre tantos, registro a Ricardo Monteiro e Triana Cavalcanti, Beto Trindade, Maria Paula Costa Rego, Helder Aragão, Vavá Schon-Paulino... Na atual oportunidade destaco Heloisa, Sueldo, Játiles, Sandra Rino, Séfora, Paulo Smith... como também, todos os atores e atrizes, técnicos e um público numeroso que nos aplaudiu e fez valer a pena nossa entrega. Imagino que outro dado de operarmos este nosso conjunto, seja o fato inegável de que acreditamos sim, no valor da arte teatral como veículo do melhor da alma e sensibilidade humana. Menos horror, mais humor e Amor seria nosso dístico.



Amparando-me na crença que a presença correta é a do coração, introduzo minha idéia de circo, meu jogo com o texto teatral. Recolhendo dele e de suas entrelinhas a idéia de família, de conjunto vocacionado ao encontro, e de uma permanência em cujo conteúdo de tempo haja a compreensão da finitude e mudanças no comportamento e visão do sujeito. Do menino Bruno, (metáfora de nossa criança interior) recolho o aprendizado da superação da perda materna, e uma sabedoria de ação cujo clímax é a gratidão aos cuidados de um pai, que a seu modo deu conta de ser o modelo de amorosidade para este filho. O que apreendemos neste texto de ternura explícita, é a distância em que este articula dor e amor, solidão e amizade. Ressentimento algum se interpõe nas relações de suas personagens. Há verdadeiramente o cálido sentimento infantil de festejar, deixar de lado o dia que passou, e na projeção de um tempo futurível comemorar com as luzes de re/nascimento o amanhã, a vitória da vida.



Bruno, sim!
ROMERO  é BRUNO

2 comentários:

Lorena Monteiro disse...

amooor por favor me ajuuda :( eeu fui assistiir a peça , bruno e oo circo so qe euu me encanteei totalmente pelo bruuno poxa elle e perfeito.. como faço pra falar com ele em? pelo menos o email dele como eu consigo? por favor.. Ajuda-me

Lorena Monteiro disse...

amooor por favor me ajuuda :( eeu fui assistiir a peça , bruno e oo circo so qe euu me encanteei totalmente pelo bruuno poxa elle e perfeito.. como faço pra falar com ele em? pelo menos o email dele como eu consigo? por favor.. Ajuda-me