24 de mai. de 2009

CENA MUDA y LÓGICA -


Atravessando a rua olhou para trás. Pretendeu dar motivos para alguém se arrepender fazer com que ele voltasse.

Ninguém ou mesmo alguém pensou em mudar em coisa concreta a tentativa .
A vida continuava e o tempo tudo renovaria ou extinguiria.
Longe muitísimo longe daquelas duas almas um fado iniciava sua melodia.
Os dois se separaram para sempre. Um amor assim desfeito volta alguma tem.
O que um fado teria com essa história. Nada nenhuma relação. Na verdade pertenciam a contextos outros outras liberdades líricas. Ao atravessar a rua - aquele - disso não desconfiava. Achava pertencer ao outro. O que ficara.

Amados frente aos amantes sofrem por se deixarem acontecer.
Espelhos do não havido OU pouco construído.
Desconhecem a leveza peso de quem permanece.
Permanece olhando quem pretendeu no olhar apenas olhar.
No coração
Nunca.

Um ficou cego. Outro torcido.
A fotografia era muito antiga.

Carlos Bartolomeu

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