22 de out. de 2008




  • Persigo a idéia de esvaziamento da memória dos gestos que me foram caros. Concluindo que talvez pela ação da literatura, eu possa recuperar a aura poética que eles tiveram no passado. Arquiteto ilusões bem sei, mas, com certeza minha pretensão é comover, enternecer.
    Organizando-me frente à lembrança de tais instantes, presto tributo ao que independente de minha proximidade, existiu. Realizo, essa tentativa, ocupando-me da descrição de coisinhas sem importância, das pequenas saudades que ficaram confinadas e, das paixões arrebatadas que na maior parte das vezes ninguém soube delas, ou sobre elas comentou.




  • A recordação de historias assim ficaram localizadas ao interior de poucos sobreviventes. Emocionado, eu desvelo minhas personagens em seu desejo de enunciação e permanência". Lembro meus amores e nesse reconstruir organizo os espaços de sua eternidade.

Nenhum comentário: