Acerca da programação universal de Janeiro de Grandes Espetáculos
Ou Incorporando o tempo deles.
Entre “Corra” e “Um Sábado em Trinta” estamos nós, os ”Atores da Noite”.
Às dezenove horas. Não, as dezesseis ou vinte uma hora: 19H. Estamos longe do horário nobre inventado pela televisão, ou de um espaço histórico-teatral. Sejamos ‘experimental’, sejamos ‘experimental...’.
Gentil, mais forçadamente somos levados às costas de Apolo:THBF.
Nos precede na fila: stop e link diante do caos, teorizando na voz de ‘narrator’ a des/ordem nossa de cada dia, cobrando na sua representação o qualitativo de novo. A façanha tem um elevado grau de ilusionismo.
Quem nos sucede, tem vitalidade clássica, açucareira e o modismo musical de um modo de falar desventrado pela vulgata midiática. É um tempo outro, lento, velho e sabiamente engraçado, e que tendo penetrado na história nos presenteia o cotidiano (stop) com toques do real.
No meio estamos nós. Atores em meio ao claro-escuro noturno. Midia Nite. Consideramos nossa ilusão no universo do onírico, palpável, dobrável apenas com dedos de sutilezas, simbolismos e vergonhas outras, mais intimidades disfarçáveis à medida que realizamos nosso todo... pela metade. É certo, entre um e outro nos compete o lugar, o tempo e a imprecisão. É preciso!
Nos descrevem assim: de nonsense recheados, comediantes líricos em exercício de metalinguagem - e seja ela lá o que for - , colocando as relações humanas e o desafio de vivê-las como stop. Ponto. Mas, não pronto, posto que ainda não distilamos convenientemente nossa real idade e o conceito do sonho que perseguimos. Nós não sabemos, ainda.
Nos precede na fila: stop e link diante do caos, teorizando na voz de ‘narrator’ a des/ordem nossa de cada dia, cobrando na sua representação o qualitativo de novo. A façanha tem um elevado grau de ilusionismo.
Quem nos sucede, tem vitalidade clássica, açucareira e o modismo musical de um modo de falar desventrado pela vulgata midiática. É um tempo outro, lento, velho e sabiamente engraçado, e que tendo penetrado na história nos presenteia o cotidiano (stop) com toques do real.
No meio estamos nós. Atores em meio ao claro-escuro noturno. Midia Nite. Consideramos nossa ilusão no universo do onírico, palpável, dobrável apenas com dedos de sutilezas, simbolismos e vergonhas outras, mais intimidades disfarçáveis à medida que realizamos nosso todo... pela metade. É certo, entre um e outro nos compete o lugar, o tempo e a imprecisão. É preciso!
Nos descrevem assim: de nonsense recheados, comediantes líricos em exercício de metalinguagem - e seja ela lá o que for - , colocando as relações humanas e o desafio de vivê-las como stop. Ponto. Mas, não pronto, posto que ainda não distilamos convenientemente nossa real idade e o conceito do sonho que perseguimos. Nós não sabemos, ainda.
Ritualizamos Improviso e Ímpeto.
E isso tudo continuará sujeito a imprecisão, deformação,aos ajustes e as necessidades. A todos os artifícios teatrais do lugar.
Momento. Risco. STOP!
2 comentários:
Com a recente publicação da lista dos indicados ao Prêmio APACEPE pode-se afirmar que Atores da Noite é o espetáculo mais ignorado dos últimos tempos. Sem um(a) único(a) jornalista corajoso(a) capacitado a encontrar referências e parâmetros adequados para fazer uma singela crítica - e sendo indicado apenas para iluminação (justamente o elemento menos importante do espetáculo), não há dúvidas em afirmar: esta cidade é uma colônia, uma província estética. Não desanimem Companhia do Chiste. Não penso que quem ri melhor é quem ri por último. Ri melhor quem ri por entre os primeiros e derradeiros - com vocês. Reconhecimento oficial não mede a qualidade do empreendimento estético de altíssimo nível que vocês alcançaram! Parabéns pela bela e precisa apresentação do dia 19 e pela temporada 2007!
Fui pegar dados da Companhia no Google e encontrei este blog bacana (tem música tb!). É que postei no meu blog as fotos da bela apresentação que a Cia fez dos "Atores da noite" no Janeiro de Grandes Espetáculos (http://liperama.blogspot.com/). Quanto ao que o Anônimo falou acima, também acho que o senso comum recifense ainda vibra num tom muito provinciano, para não usar a palavra-tabu 'preconceituoso'. Sobre essa atitude tão mal assumida e disfarçada por aí afora, acho que é tempo de superar o preconceito com a palavra preconceito, que nada mais significa que se agarrar com todas as forças a uma idéia fixa sobre a vida - sobre a Arte? - esse fenômeno ainda inexplicável que não cessa de se transmutar a cada instante diante de nossos olhos. Parabéns pela criação de vocês. Parabéns sobretudo por optarem por se deixar fluir, e nisso, brincar, recriar, experimentar, rever, reviver, truncar e destruncar, provocar...
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